quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Proteção Diária!



Proteger (pro-te-ger); tomar a defesa de alguém ou de alguma coisa. Defender; preservar; amparar; resguardar.


É algo sobrenatural e mais forte que a correnteza que vem de encontro. E o mais assustador, amor: você me aguenta e aguenta a minha chatisse. Quando cansada querendo uma barra sem fim de chocolate preto, resmungando por remédio, clamando por piedade, tô com dor aqui, tô com dor alí.. Faz massagem? Aperta aqui? Posso deitar no seu colo pra ver se passa? Tô com frio, me abraça? Me dá seu casaco? Senta do meu lado? Fala que me ama? Tantas manias de menina mimada que precisa de colo pra curar carência, tanta frescura num corpo só que arrebenta barreiras e transforma a essência..


Sempre fui resmungona e chata e não deixo de ser quando estou com você. Na verdade até escondo algumas vezes, finjo que não dói, que não machuca, que não aperta.. Seguro tudo pra não te irritar e você olha pra mim bem no fundo dos meus olhos escuros e decifra o que eu nem comecei a pensar. É inevitável. Sabe quando algo me perturba ou quando estou triste ou quando começo a falar rápido demais ou quando não pisco pra não chorar.. E quando choro você fica bravo, irado, estressado: é lindo você pedindo pra eu não chorar e é mais lindo ainda ver você lá limpando minhas lágrimas gastas atoa.

Você sabe, me conhece, se preocupa. E quer me ajudar, diz que fica mal quando me vê mal, aguenta meus coices de ferradura nova mas não sai do meu lado porque sabe que preciso de você. Pra me acalmar, me cuidar, me abraçar … E eu preciso de você. Pra oferecer remedinho, fazer cara de fofinho, me chamar de linda quando estou sem maquiagem e com o cabelo todo em pé. É que você demonstra amor, zelo, afeto, confiança. E gente assim não se encontra mais no mercado. Você é figurinha brilhante, difícil de achar, é especial, é intensa.. E eu te achei, você me achou, a gente se esbarrou.

Você deixa o dia dolorido mais feliz. Você transforma aqueles dias do mês em uma coisa mínima. Porque quando você aparece o escuro clareia, o gelo incendeia. Quando você vem o mundo é fácil, a dor cura com beijo, o pranto vira choro de felicidade. Você, com seus milhares de defeitos sim, mas com uma essência pura que quer cuidar, que quer ver bem, que quer ver feliz. E me mima, me aperta,se importa, se importa mais um pouco, e um pouco mais ainda.. E não cansa de se importar nunca!

Você, que tem tantos nomes diferentes e na verdade tem só um, e é uma pessoa só: é amor, é neném, é paixão, motinho, perfeito .. Não vai embora, tá? Não abandona, tá? Não me deixa não, tá? Preciso de você e do seu colo. Promete que me aguenta pra sempre? Reclamando de tudo? Até quando formos velhinhos e a dor for nas costas e merecer mais atenção? Promete que não cansa? Minha felicidade é ver você sorrindo pra mim. Prometo te cuidar pra sempre do mesmo jeitinho que você me cuida. Sempre.

Promete? Eu prometo.

js


sábado, 12 de novembro de 2011


Cuide bem de mim, meu bem. Eu posso te querer pra sempre, mesmo que pra sempre, seja intenso demais, complexo demais, dificil de entender. Cuide de mim que eu te darei o melhor e o pior, porque pra me levar é por completo, nada de esquecer algo pra trás.

js

Sós, irremediavelmente sós, como um astro perdido que arrefece. Todos passam por nós e ninguém nos conhece. Os que passam e os que ficam. Todos se desconhecem. Os astros nada explicam: Arrefecem. Nesta envolvente solidão compacta, quer se grite ou não se grite, nenhum dar-se de outro se refracta, nenhum ser nós se transmite. Quem sente o meu sentimento sou eu só, e mais ninguém. Quem sofre o meu sofrimento sou eu só, e mais ninguém. Quem estremece este meu estremecimento sou eu só, e mais ninguém. Dão-se os lábios, dão-se os braços Dão-se os olhos, dão-se os dedos, bocas de mil segredos. Dão-se em pasmados compassos; Dão-se as noites, e dão-se os dias, Dão-se aflitivas esmolas, abrem-se e dão-se as corolas breves das carnes macias; Dão-se os nervos, dá-se a vida, Dá-se o sangue gota a gota, como uma braçada rota Dá-se tudo e nada fica. Mas este íntimo secreto que no silêncio concreto, este oferecer-se de dentro num esgotamento completo, este ser-se sem disfarce, virgem de mal e de bem, este dar-se, este entregar-se, descobrir-se, e desflorar-se, é nosso de mais ninguém!

Antonio Gedeão

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos. Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago. ...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava. ... e é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 6 de novembro de 2011




Você sabe o que significa um balde de água fria? Eu sei. É mais ou menos quando a gente tem uma coisa bem quente no peito, nas mãos ou na cabeça. Um sonho, talvez. Muitos deles, quem sabe. E você dá Farinha Láctea Nestlé para todos eles, que vão crescendo fortes e sadios e, de repente, não mais que de repente, tudo muda. Aquilo que era quente recebe água gelada. Choque térmico. Em outras palavras, ou melhor, em outras metáforas: o amor (sempre ele) está saudável, com as vacinas em dia, tomando vitaminas e praticando exercícios físicos, ou seja, (em tese) nenhuma grave doença irá pegá-lo de surpresa, afinal, ele não bebe nem fuma, cuida a alimentação e ainda por cima se exercita. Pois um dia, atravessando a rua, o amor é atropelado por um caminhão gigante, que passou no sinal vermelho em alta velocidade, com raiva, ódio, feroz. O amor perde o equilíbrio, o controle, capota várias vezes, se machuca, bate a cabeça, desmaia. Transeuntes chamam ajuda. Ambulância, maca, oxigênio, respiração boca a boca. Uéin, uéin, uéin *barulho da ambulância*. Levam o amor direto para a UTI. E lá ele fica, inconsciente, imóvel, sem receber visitas, tomando morfina na veia: porque tem muita coisa que dói (demais).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Será que existe amor maior? Ou igual?
Não sei .. saudade não existe tamanha!

terça-feira, 1 de novembro de 2011




Para alguns, aquilo que nos acontece é uma questão de sorte ou azar; maneira fácil de não assumir a própria estória.
Oh vida! Oh céus! Repete sempre aquele que não quer fazer nada, além de produzir lamentos.
Nossa vida não é uma questão do acaso, é de escolha.
Muitas vezes, usamos todo o nosso tempo tentando encontrar culpados pelo que deu errado ao invés de encontrar soluções para os desafios....
Justificar o tempo todo é sinal de que não iremos mudar. Enquanto tirarmos de nós a responsabilidade pela nossa vida e atribuirmos a outras pessoas, nos paralisamos e impossibilitamos o nosso crescimento.
Oh vida! Oh céus! Queixar sempre é mais cômodo que fazer alguma coisa pra resolver.
Colocar-se como vítima é economizar coragem.
Não somos responsáveis por tudo que nos sucede, mas a maioria dos acontecimentos tem o nosso consentimento, a nossa escolha. Aceitar isso é deixar de ser coadjuvante e passar a ser autor da própria vida.
O mundo não está contra nós, é só a nossa lamentação eterna que afasta as pessoa.

Erica Machado