sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


(...)Você chega todo compacto no espaço que lhe foi dado. Anda calmo, fala calmo, olha calmo, separa com seus dedos calmos a comida e a comida chega na sua língua antes da sua língua chegar na comida. Mas da sua pele saltam fúria, pressa e violência. Seus braços não ultrapassam os ombros, seus joelhos não ultrapassam os passos, você não cogita se ultrapassar porque sabe do que é capaz de causar quieto, num canto, quase atormentado. Me derramar em cima de você não é ignorar as estratégias antigas e óbvias de sedução. É só porque realmente não cabe. Não tenho espaço suficiente dentro dos meus ossos para a espiral que você faz com a minha atenção. Vou entrando, aos poucos e continuamente, dentro dos seus olhos e boca e orelhas e nariz. Você me faria ir de ônibus para o Japão sem Rivotril e esse é o melhor elogio que eu poderia fazer a um homem que, por enquanto, só está me olhando e me dizendo que também tem medo de ficar louco. Tudo porque seus buracos me chamam como se eu pudesse me esconder em você sem levar minha cabeça junto.
Tem uma coisa que parece fome e que faz a gente sair pras ruas. Animais eretos e perfumados. Camadas de cabelos, camadas de roupas, camadas de saltos, camadas de não. Tudo resguardando uma ânsia que nunca fica clara se é de colocar pra dentro ou se é de colocar pra fora. Dai a gente pede salada e fica cheia. Dai a gente bebe e fica esvaziada. E nada disso tem a ver com essa fome. Dai a gente segura firme o braço de uma pessoa. Troncos alheios e descartáveis para não afundar no mar gelado e escuro dos raros momentos em que a solidão parece o caminho mais difícil.
Mas no meio de tantas tentativas frustrantes de abrir com uma ponta fina de faca o peito coberto de mentira, existem ainda esses momentos em que o oxigênio entra tão branco e gelado e de longe, que notamos, não sem saudade, quão fétida, frágil, medíocre e quente é a nossa falsa segurança. Tenho agora um pêlo na garganta, me fazendo tossir e achar graça. Estou rindo e tossindo desde as nove da manhã. Não tenho vontade de cuspir o pêlo, de tomar banho, de separar os nós do meu cabelo, de tirar o disco do Caetano. Porque minha preguiça suja, a voz do Caetano e o ar que ainda guarda bem de leve o seu cheiro são os segundos finais do nosso encontro.
É por pessoas como você que eu não troco a tristeza da minha vida por nada.

Tati B.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Se há uma coisa que eu gostaria que não existisse é a morte. Não gosto. Tenho dó de morrer. Já, já trabalhei essa questão inúmeras vezes na terapia e tenho muita fé . É o desconhecido, o mistério, o eu não sei. Essa falta, não escolhida, dói muito. "Como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já não está?. A saudade é uma dor que pode ser acostumada depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso, primeiro, aceitar. Acumula-se tudo na alma, fica tudo desarrumado.Para dar conta é preciso paciência, deixar correr o coração, de lembrança em lembrança.Não há vias rápidas, não há calmantes, livros de poesia - só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego." Sinto por ela um amor que permanece. Ela se foi e eu preciso consumir a minha vida. Todo dia sem você é muito tempo. Sinto falta da nossa felicidade juntas. Sinto falta da sua vida. Como que é o nome disso? Saudade? Pouco. Falta de compreensão do ciclo da vida? Pode ser...Nada sei mesmo.  Se me tiram os pés do chão, o jeito é voar. Mesmo no silêncio continuamos unidas. Amo-te como sempre. Todo dia.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Já desisti dessa bobagem de que homem tem medo de mulher independente. Isso é desculpa que nós arrumamos por não aceitar um não, por não assumir que por causa de tanta carência acabamos exaurindo o outro, por achar que somos a última bolacha do pacote. Bobagem, presunção. Tem gente que não nos quer.
Mas tem homem que não dá conta de mulher; pode ser independente, Amélia , mulher fruta ou seja lá o que for. Desconfio que não gostam. Homem que hostiliza mulher não gosta de mulher,mas às vezes nem sabem disso. Meu lado mulherzinha tá bem preservado apesar de ter que dar conta de quase tudo. Não preciso, mas quero alguém pra dividir a vida. Querer é melhor que precisar. Quando precisamos, corremos o risco de sufocar . E querer é escolha. Dos perfeitos, já desisti também. Não acredito em príncipes, mas invento um mundo encantado. Apesar do meu lado brucutu que resolve tudo e um jeito de que não preciso de ninguém pra nada, adoro um dengo, tenho as minhas frescuras e quero um homem que resolva um monte de coisas pra mim. Enquanto isso, preparo o jantar. Garanto que a sobremesa será a melhor parte. Malho o corpo menos que a mente, mas a bunda sempre cresce mais rápido do que a consciência sobre meus dramas. Crescer dá trabalho, mas de mim eu não desisto. 
E nem do amor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Por que você não se preocupa com o outro, com o mundo, com a sua saúde física e mental, com a sua alma, com a natureza e com tudo que te cerca hoje? Por que uma tragédia precisa acontecer para você dar importância para as coisas? Por que você não pensa que pode ajudar as pessoas doando sangue? Por que você não pega uma cartinha nos Correios e ajuda uma criança? Por que você não diz para a sua família que quando morrer quer doar seus órgãos? Por quê? A gente precisa, com urgência, deixar o egoísmo de lado. Olhar para a vida e enxergar o que está ao nosso redor de fato. Sem véu, sem máscara, sem make up. Olhar nu, olhar cru, olhar limpo. E entender que a luta é diária. Que nem sempre é fácil viver. Que tropeços virão, sim. Que apesar de tudo vale a pena. E que a gente não precisa aprender da forma mais difícil e dolorosa.

sábado, 17 de dezembro de 2011


Sou uma mulher de gostos e versos. Um pouco ladra, eu diria. Roubo histórias, bordo palavras, costuro sonhos, desato pensamentos. Coisas de quem escreve, encare assim. Quem fica ao meu redor tem que entender que, vez em sempre, algo será tomado para e por mim, sem dó. Me aproprio indevidamente de vidas e falas. Não leve a mal se por ventura algum dia o seu sossego for passear junto comigo. E se por acaso a insônia se tornar a sua melhor amiga, admita que eu venci. Gosto de esfregar na cara do suposto adversário as minhas vitórias. Em certas ocasiões o mais digno é engolir tudo elegantemente.

Eu sempre gostei de viver o meu mundo em voz baixa. Certos fracassos e sucessos não precisam ser do conhecimento de mais ninguém. E quando a vida da gente fica quietinha, parece que flui mais fácil, não é?

Eu sinceramente não consigo entender como algumas pessoas precisam ter o outro simplesmente por posse. Não entendo como o sentimento de egoísmo consegue ser tão grande a ponto de não deixar que o outro seja feliz. Alguns são assim e nem sequer percebem, escravizam corações e acham que tem o direito de fazer isso. Às vezes há um medo tão inútil de perder a outra pessoa que acabamos passando dos limites e transformando os sentimentos atribuídos a nós numa armadilha, para que ela fique pra sempre presa, mesmo quando não há a capacidade nem a disposição de retribuir os sentimentos de que ela precisa. São mentiras atrás de mentiras, ilusões atrás de ilusões até que se consegue o desejado: deixar mais uma vez o outro preso, esperando o mínimo, que seja uma gota de carinho que o salve dessa suposição de sentimento, e ao notar a mais simples submissão daquele coração maltrapilho, refaz-se a segurança da servidão e sem nenhuma dúvida, o sequestrador de sentimentos abandona o cativeiro. Isso me deixa tão triste, e repito, como as pessoas conseguem viver dessa forma? Prendendo as outras como pássaro numa gaiola, à disposição das suas vontades, vítimas do seu bel prazer. Como se não houvesse direito ao outro de ser feliz, como se essa felicidade fosse de total exclusividade sua, como se o alvo de caricias e mimos se devesse somente a você. Acho isso injusto, acho doloroso e acima de tudo tenho certeza que isso é coisa de gente insegura, que não tem capacidade alguma de ser feliz sem acorrentar, que não sabe viver a sua própria vida e é necessário que outra pessoa a esteja vivendo por você como garantia do seu final – que nunca tem fim – feliz.

js
A experiência amorosa exige sacrifício. Não se ama para ser recompensado. O amor é sua própria recompensa. Não resisto em citar Drummond falando da poesia coisa parecida: “Poesia, o perfume que exalas é tua justificação”. Não há amor fácil, mas todo amor é maravilha, saúde, “remédio contra a loucura”, coisa que Guimarães Rosa ensinou. É a experiência humana mais exigente; não é contrato, troca de favores, investimento, é entrega e compromisso. Do “sacrifício”de amar nasce a mais perfeita alegria. Ninguém faz cara feia quando se sacrifica por amor. Não se trata de anulação, subserviência de quem ama, trata-se da morte do ego, tarefa a ser feita até o último suspiro.
Quando estamos bem, tudo fica tão belo, não é mesmo? As pessoas parecem mais floridas e com sentimentos mais leves. Me sinto como se um jardim brotasse de dentro pra fora, com as flores das mais diversas cores e cheiros mostrando meus sentimentos bons. Sinto como se meu coração se tomasse pelo desejo de ser um passarinho livre no vento, sem medo de voar, e como é boa essa sensação de liberdade, há tempos não sentia. Que perdure esse ar de leveza, pra mim, pra você. Que a gente possa cultivar mais as flores belas, não se preocupar com as ervas daninhas. E que o coração passarinho , seja livre pra se aventurar onde quer, sem medo. É o que desejo, sem fim.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Me irrite. Me faça ciúmes. Me diga que estou sendo chata. Me diga que sou grossa. Me morda. Me faça cócegas. Me fale coisas lindas. Me faça sorrir. Me abrace. Me ligue. Me faça sonhar. Me faça uma música. Me diga qualquer coisa com essa sua voz linda. Me diga que vai sair com outra, e apareça de surpresa. Me mostre a realidade. Me dê conselhos, daqueles que só você sabe. Me dê esperanças, mas só se for se realizar. Me deseje sorte. Me ame. Mas o principal, se não pretende fazer essa última coisa, me faça te esquecer. É justo.
“Anota aí para seu futuro:
Desapegar das pessoas;
Se importar menos;
Não se abalar por nada nem ninguém;
Correr atrás daquilo que faça seu coração vibrar;
Ficar perto de quem te quer bem;
Correr atrás dos seus sonhos;
Se amar mais;
Esquecer tudo aquilo que te faça mal.
Anota aí: CAIR NA REAL.”
Engraçado como o futuro não é nada do que imaginamos dele. Há alguns anos atrás, pulando corda eu dizia que iria casar aos vinte e sete anos e teria três filhos. Na semana passada pensei em mudar a cor dos cabelos. A nossa vida vai passando e nos deparamos com a dura realidade de que o futuro nem sempre é o que um dia planejamos. Estou ai, com as mesmos cabelos, a mesma maneira de gostar demais, a mesma carência de um braço ao meu redor seja qual for a noite, a mesma esperança de que alguém bata à porta do meu coração e o entenda de vez. A vida vai passando e eu descubro que eu nunca soube mesmo planejar direito. Descubro que apostei moedas em jogos errados e que não terei meu tempo de volta, percebo que ouvi as músicas certas pra pensar nas pessoas erradas. Ao mesmo tempo vejo, que ainda há o que se possa fazer, esses rastros que ando deixando não vão ser seguidos, o que posso fazer é apaga-los do caminho e seguir minha caminhada, aceitando as mudanças que a vida me propõe, esquecendo as pessoas que não precisam ser lembradas, perdoando os erros que eu mesma cometi e amando o que há de vir. Futuro, aceito você do jeito que vier, desde que você me ajude a chegar aí, mas não do jeito que sou.
A mocinha que acorda com um riso gostoso de ouvir, dá bom-dia para o roseiral da vizinha, sabe ser feliz, é bem desta moça que vou comentar. Coloca um vestido florido e desfaz a comoção de qualquer um. Pedala de bicicleta, mas confessa que não tem equilíbrio, logo vai derrubando as lixeiras, os sacos, os papelões jogados. É nome da menina que nasceu para ser mulher decidida. “Ou é ou não é”, não adianta se enganar. É aquele tipo de pessoa que vai fazer de tudo para doar um sorriso, fazer boa companhia, esquecer melancolia, tomar café no fim do dia e olhar para o céu se decompondo, à noite chegando. Não sabe ignorar os passarinhos quando não conseguem voar, vai correndo ajudá-los. Ai, menina, você sabe aplaudir um espetáculo antes que todos levantem; você sabe, sabe sentir as pessoas, é um dom, talvez, mas só sei que é digno aos olhos de quem vê.

“Quando vocês estiverem tristes, pensem em coisas lindas: Balas, travessuras, carinho, carrinho, beijo de mãe. Brincadeira de queimado, árvore de natal, árvore de jabuticaba, céu amarelo, bolas azuis, risadas, colo de pai, história de avó…Quando vocês forem grandes e acharem que a vida não é linda pensem em coisas lindas. Mas pensem com força, com muita força, porque aí o céu vai ficar cheio de vacas gordas amarelas, cachorro bonzinho, bruxa simpática, sorvete de chocolate, caramelos e amigos. Vamos, vamos lá! vamos pensar só em coisas lindas! Brincar na chuva, boneca nova, boneca velha, bola grande, mar verde, submarino amarelo, banho de rio, guerra de travesseiro, boneco de areia, princesas, heróis, cavalos voadores…”

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Proteção Diária!



Proteger (pro-te-ger); tomar a defesa de alguém ou de alguma coisa. Defender; preservar; amparar; resguardar.


É algo sobrenatural e mais forte que a correnteza que vem de encontro. E o mais assustador, amor: você me aguenta e aguenta a minha chatisse. Quando cansada querendo uma barra sem fim de chocolate preto, resmungando por remédio, clamando por piedade, tô com dor aqui, tô com dor alí.. Faz massagem? Aperta aqui? Posso deitar no seu colo pra ver se passa? Tô com frio, me abraça? Me dá seu casaco? Senta do meu lado? Fala que me ama? Tantas manias de menina mimada que precisa de colo pra curar carência, tanta frescura num corpo só que arrebenta barreiras e transforma a essência..


Sempre fui resmungona e chata e não deixo de ser quando estou com você. Na verdade até escondo algumas vezes, finjo que não dói, que não machuca, que não aperta.. Seguro tudo pra não te irritar e você olha pra mim bem no fundo dos meus olhos escuros e decifra o que eu nem comecei a pensar. É inevitável. Sabe quando algo me perturba ou quando estou triste ou quando começo a falar rápido demais ou quando não pisco pra não chorar.. E quando choro você fica bravo, irado, estressado: é lindo você pedindo pra eu não chorar e é mais lindo ainda ver você lá limpando minhas lágrimas gastas atoa.

Você sabe, me conhece, se preocupa. E quer me ajudar, diz que fica mal quando me vê mal, aguenta meus coices de ferradura nova mas não sai do meu lado porque sabe que preciso de você. Pra me acalmar, me cuidar, me abraçar … E eu preciso de você. Pra oferecer remedinho, fazer cara de fofinho, me chamar de linda quando estou sem maquiagem e com o cabelo todo em pé. É que você demonstra amor, zelo, afeto, confiança. E gente assim não se encontra mais no mercado. Você é figurinha brilhante, difícil de achar, é especial, é intensa.. E eu te achei, você me achou, a gente se esbarrou.

Você deixa o dia dolorido mais feliz. Você transforma aqueles dias do mês em uma coisa mínima. Porque quando você aparece o escuro clareia, o gelo incendeia. Quando você vem o mundo é fácil, a dor cura com beijo, o pranto vira choro de felicidade. Você, com seus milhares de defeitos sim, mas com uma essência pura que quer cuidar, que quer ver bem, que quer ver feliz. E me mima, me aperta,se importa, se importa mais um pouco, e um pouco mais ainda.. E não cansa de se importar nunca!

Você, que tem tantos nomes diferentes e na verdade tem só um, e é uma pessoa só: é amor, é neném, é paixão, motinho, perfeito .. Não vai embora, tá? Não abandona, tá? Não me deixa não, tá? Preciso de você e do seu colo. Promete que me aguenta pra sempre? Reclamando de tudo? Até quando formos velhinhos e a dor for nas costas e merecer mais atenção? Promete que não cansa? Minha felicidade é ver você sorrindo pra mim. Prometo te cuidar pra sempre do mesmo jeitinho que você me cuida. Sempre.

Promete? Eu prometo.

js


sábado, 12 de novembro de 2011


Cuide bem de mim, meu bem. Eu posso te querer pra sempre, mesmo que pra sempre, seja intenso demais, complexo demais, dificil de entender. Cuide de mim que eu te darei o melhor e o pior, porque pra me levar é por completo, nada de esquecer algo pra trás.

js

Sós, irremediavelmente sós, como um astro perdido que arrefece. Todos passam por nós e ninguém nos conhece. Os que passam e os que ficam. Todos se desconhecem. Os astros nada explicam: Arrefecem. Nesta envolvente solidão compacta, quer se grite ou não se grite, nenhum dar-se de outro se refracta, nenhum ser nós se transmite. Quem sente o meu sentimento sou eu só, e mais ninguém. Quem sofre o meu sofrimento sou eu só, e mais ninguém. Quem estremece este meu estremecimento sou eu só, e mais ninguém. Dão-se os lábios, dão-se os braços Dão-se os olhos, dão-se os dedos, bocas de mil segredos. Dão-se em pasmados compassos; Dão-se as noites, e dão-se os dias, Dão-se aflitivas esmolas, abrem-se e dão-se as corolas breves das carnes macias; Dão-se os nervos, dá-se a vida, Dá-se o sangue gota a gota, como uma braçada rota Dá-se tudo e nada fica. Mas este íntimo secreto que no silêncio concreto, este oferecer-se de dentro num esgotamento completo, este ser-se sem disfarce, virgem de mal e de bem, este dar-se, este entregar-se, descobrir-se, e desflorar-se, é nosso de mais ninguém!

Antonio Gedeão

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos. Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago. ...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava. ... e é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 6 de novembro de 2011




Você sabe o que significa um balde de água fria? Eu sei. É mais ou menos quando a gente tem uma coisa bem quente no peito, nas mãos ou na cabeça. Um sonho, talvez. Muitos deles, quem sabe. E você dá Farinha Láctea Nestlé para todos eles, que vão crescendo fortes e sadios e, de repente, não mais que de repente, tudo muda. Aquilo que era quente recebe água gelada. Choque térmico. Em outras palavras, ou melhor, em outras metáforas: o amor (sempre ele) está saudável, com as vacinas em dia, tomando vitaminas e praticando exercícios físicos, ou seja, (em tese) nenhuma grave doença irá pegá-lo de surpresa, afinal, ele não bebe nem fuma, cuida a alimentação e ainda por cima se exercita. Pois um dia, atravessando a rua, o amor é atropelado por um caminhão gigante, que passou no sinal vermelho em alta velocidade, com raiva, ódio, feroz. O amor perde o equilíbrio, o controle, capota várias vezes, se machuca, bate a cabeça, desmaia. Transeuntes chamam ajuda. Ambulância, maca, oxigênio, respiração boca a boca. Uéin, uéin, uéin *barulho da ambulância*. Levam o amor direto para a UTI. E lá ele fica, inconsciente, imóvel, sem receber visitas, tomando morfina na veia: porque tem muita coisa que dói (demais).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Será que existe amor maior? Ou igual?
Não sei .. saudade não existe tamanha!

terça-feira, 1 de novembro de 2011




Para alguns, aquilo que nos acontece é uma questão de sorte ou azar; maneira fácil de não assumir a própria estória.
Oh vida! Oh céus! Repete sempre aquele que não quer fazer nada, além de produzir lamentos.
Nossa vida não é uma questão do acaso, é de escolha.
Muitas vezes, usamos todo o nosso tempo tentando encontrar culpados pelo que deu errado ao invés de encontrar soluções para os desafios....
Justificar o tempo todo é sinal de que não iremos mudar. Enquanto tirarmos de nós a responsabilidade pela nossa vida e atribuirmos a outras pessoas, nos paralisamos e impossibilitamos o nosso crescimento.
Oh vida! Oh céus! Queixar sempre é mais cômodo que fazer alguma coisa pra resolver.
Colocar-se como vítima é economizar coragem.
Não somos responsáveis por tudo que nos sucede, mas a maioria dos acontecimentos tem o nosso consentimento, a nossa escolha. Aceitar isso é deixar de ser coadjuvante e passar a ser autor da própria vida.
O mundo não está contra nós, é só a nossa lamentação eterna que afasta as pessoa.

Erica Machado

sábado, 29 de outubro de 2011

"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro."



Há dois tipos de pessoas: as pontes e os atravessadores. Pessoas pontes são aquelas construídas por forças maiores, com a finalidade de ligar um mundo ao outro. São feitas de concreto, não possuem sentimentos, afinal, são pontes. Permanecem lá durante anos, sofrendo as ações do tempo, da natureza, recebendo rachaduras, sendo pisadas, sujas; eternamente sob os pés daqueles que passam. São de muita serventia, afinal, necessitam das mesmas para unir mundos que, a priori, estavam separados por centenas – até mesmo milhares – de motivos questionáveis, mas ainda separatistas. Mundos que foram determinados, classificados como diferentes e colocados em pontos opostos, através das pontes, passaram a se comunicar.
Entretanto, há os atravessadores. Eles apenas levam as pessoas de um mundo a outro, seguram em suas mãos, entrelaçam seus dedos e ajudam a travessia, incentivando-as, motivando-as, destilando suas ideologias durante o percurso. Possuem contato íntimo com aqueles que precisam atravessar, e aproveitam o momento para demudar as mentes daqueles que buscam união de mundos. Os atravessadores e aqueles que precisam atravessar não irão se lembrar das pontes que ali ficaram sob seus pés, anos após anos, fazendo seu trabalho em silêncio. Lembrarão, pois sim, daqueles que seguraram suas mãos, que lhe deram um ombro, brandiram o guarda-chuva, evitaram os choros. Mas elas continuarão lá, sem questionar, sem deixar de sorrir, sem ter suas partes danificadas pelas ervas daninhas a ganhar espaço em seu corpo em constante envelhecimento, mesmo sendo feitas de concretos. É claro, com certeza, que irão se lembrar dos atravessadores, também com sentimentos, mas escondidos em torres de marfim ou concreto, que sabem separar a bondade da verdade, do futuro, do seu trabalho; pessoas que não se dão por inteira, porque se guardam, se protegem, sabem dos perigos do mundo, do outro, do além, ao contrário das pontes que se abrem por inteira, esticam seus braços e dizem: - “Podem passar, eu estarei aqui sempre. Não vou fechar meus braços para você.” E você passará por ela, pisará na mesma e não irá se importar nem em saber quem ela é. Todavia, não pisará nos atravessadores, pois estará segurando as mãos dos mesmos, olhará nos olhos deles, sentirá os batimentos daqueles corações, o calor daquelas peles. Os atravessadores são de suma importância para assassinar seu particular medo de misturar mundos, experimentar outros corações, bebericar de diversas almas; eles existem para arrebatar o medo de viver. São eles que ao tempo da travessia plantarão sementes em sua cabeça, fazendo sua alma cultivá-las, assim, após o término da travessia, você jamais esquecerá quem o ajudou a passar: aquele que lhe atravessava sobre uma ponte calada.
Desculpem-me, mas eu sou um atravessador.

Indomável






Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.


Marta Medeiros

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Carências… quem não gosta de ser amado? De receber atenção especial? Quem não gosta de beijo na boca e abraços apertados? Quem prefere a solidão a uma boa companhia? Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã. Uma coisa frenética e louca, que tem feito muita gente que se julgava equilibrada perder os parafusos e fazer muita besteira. Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho. As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus defeitos, vícios e qualidades e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado. Vale tudo nessa guerra, chat, carta, agência, festas. É uma guerra para não ficar sozinho. Medo, medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências, medo de encarar a vida e suas lutas. Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está nascendo um grande amor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho, trancado em si mesmo, transfere toda a sua carência para o(a) parceiro(a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa que na verdade ela mal conhece. Então, um belo dia, vem o espanto, vem a realidade, o caso melado, o “falso amor” acaba, e você que apostou todas as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de viver. Pobre povo desse século da pressa! Precisamos urgentemente voltar o costume “antigo” de “ter tempo”, de dar um tempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas.

Luís Fernando Veríssimo

Momento consumidora 2



Hello!
Climinha fresquinho aqui em Araguaína *-* um verdadeiro milagre! Adoro esse clima nublado .. apesar de dar uma preguiça enooooooorme de sair de casa, mas enfim ..

Hoje resolvi contar aqui no meu blog minha paixão por rímel *-* adoooooro, adoro, adoro *-* sou mt fã de quem usa, e não saio um dia sequer antes de passar pelo m

enos uma camada de rímel! Da um charme tão grande no olhar ..
Desde que ganhei esse rímel da minha amiga andressa, sou completamente fã dele e de toda a linha *_*



Eu tenho o amarelinho (que esta quase no seu fim, aceito um novo ok? k), mas meu próximo será esse roxinho "The falsies" .. ele da alonga tanto que da a impressão de cílios falsos *-* que mara! kk

Olha só como o efeito dele é legal .. e com um delineador então *-*




Claro, que esse efeito surge depois de um milhão e meio de camadas né?
Mas vá com fé amiga, q vc consegue!


Momento melissa *-*

Olha que graciiiiiiiiiiiinha, de oncinha *-* riri .. custa R$ 109,00 e não tem aqui na minha cidade .. :/ mais uma pra lista de desejos!

É isso .. Preciso de uma dica de um vestido pro natal .. alguem ? *-*

:*

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


É para se orgulhar, sim! Não é todo mundo que consegue lutar até o fim. Não são todos que permanecem em pé quando o mundo espera que você caia. São raros os seres humanos que vão até o fim, por isso mesmo nem todos podem ser contemplados com orgulho. Sentir isso por alguém é algo difícil, pois há de haver muita dedicação, incondicional dedicação. Há de haver empenho mútuo, instinto realmente coletivo. Não, não é fácil, mas ninguém prometeu isso. Não há esperança ou falsa expectativa. Há sim trabalho, e luta! Muita luta! Quem luta até o fim por um amor pode acabar na solidão, mas o resultado só se sabe no final. Durante o combate há de mergulhar de cabeça e sem medo na paixão. Quem luta até o fim por uma amizade pode se decepcionar lá na frente por algo que o amigo não faça (logo ele, tão herói e ao mesmo tempo bandido – tão determinado e ao mesmo tempo frágil – tão inteligente e ao mesmo tempo cabeça dura naquilo que acredita). Mas o que importa é o momento que se está em combate, de pé, com a cabeça erguida e o coração pulsando. Batendo por uma causa nobre, porque quem luta até o fim, somente o faz porque acredita, tem fé que a causa vale a pena. Por fim, vá até o fim. Não importa se hoje você é a caça ou o caçador, não importa se você está encolhido ou na linha de frente de tiro, se você é pedra ou vidraça... Enfim, lute, lute até o fim, porque apenas assim você verá que valeu a pena existir!

Desc.

Em vez, portanto, de estarmos sempre e exclusivamente entretidos com os projetos e as preocupações com o futuro, ou de entregarmo-nos à nostalgia do passado, não deveríamos nunca nos esquecer que só o presente é real e só ele é certo; enquanto o futuro quase sempre sai diferente do que pensamos; e também o passado foi diferente do que hoje parece ter sido; e de tal forma que ambos têm menos significado do que parece. Só o presente é real e verdadeiro: ele é o tempo de fato preenchido, só nele está a nossa existência. Por isso, deveríamos dar-lhe sempre uma boa acolhida, desfrutando do conscientemente cada hora livre de adversidades imediatas, ou de dores; isto é, não turvá-lo com caras aborrecidas sobre esperanças frustradas no passado ou preocupações com o futuro. Porque é tolice afastar de si uma boa hora presente, ou estragá-la, voluntariosamente, por desgosto do que virá. Para desfrutar o presente, e portanto a vida toda, devemos sempre nos lembrar de que hoje só vem uma vez, e nunca mais. Mas nós imaginamos que ele volte amanhã; amanhã, entretanto, é outro dia, que também só vem uma vez. Nós nos esquecemos de que cada dia é uma parte integrante e, portanto, insubstituível da vida. Igualmente, apreciaríamos e gozaríamos o presente se, nos dias bons e saudáveis, tivéssemos sempre a consciência de como, nas horas de doença ou de tristeza, cada momento que passou sem dor nem privações nos aparece na lembrança como algo infinitamente invejável, como um paraíso perdido, como um amigo que não soubemos reconhecer.

Mas vamos vivendo nossos belos dias, sem percebê-los: só quando vêm os dias ruins é que desejamos que eles retornem. De cara aborrecida, deixamos passar mil horas serenas e agradáveis, sem gozá-las, para depois, nos momentos turvos, suspirar por elas em vão. Em vez disso, deveríamos honrar cada momento aceitável do presente, mesmo o cotidiano, que agora deixamos transcorrer tão indiferentes e que talvez empurramos impacientes, sempre lembrados de que, nesse exato instante, ele se precipita naquela apoteose do passado, em que, daqui por diante, banhado pela luz do que é perene, fica guardado pela memória, para aparecer – quando um dia esta levantar a cortina, especialmente numa hora amarga, – como um objeto da nossa mais íntima saudade.

Schopenhauer

quarta-feira, 26 de outubro de 2011



O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas. Tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.
E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos, dificultando assim, continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. E sabemos lá quais eram as nossas expectativas? Decepcionamo-nos e decepcionamos outras pessoas também. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela! Vai te fazer bem. Assim, talvez, ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que "foi sem querer".
Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. Seja uma bênção a todos que o cercam! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser Anjos. A eternidade está em nossas mãos. Viva de maneira honrada, para que quando envelhecer, você possa falar só coisas boas do passado e sentir assim, prazer uma segunda vez ... e ter a certeza de que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.

Chico Xavier

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Toda máscara tem duas aberturas na área dos olhos, para que, mesmo quando privamos o mundo de ver nossa verdadeira face, consigamos, mesmo assim, enxergar. Com a idade, as pessoas vão, aos poucos descobrindo que é tão cômodo, é tão mais seguro esconder a fisionomia, que passam a achar que não vale mesmo a pena presentear o mundo com transparência. No entanto, são justamente os olhos que desmentem as máscaras. Eles estão e estarão para sempre lá, descobertos. E eu, da mesma forma que você, mesmo vivendo num interminável baile de máscaras, já aprendi a olhar através da porcelana, a fitar os olhos tristes que estão logo acima do sorriso radiante.No entanto, o que eu enxergava era tão bonito que me parecia apenas a mais bela máscara do baile, uma plástica distração que me transformaria em joguete, hipnotizado por aquela face que ostentava dolorosa beleza. Até hoje apalpo teu rosto procurando emendas, desníveis, vestígios de cola ou encaixes bem-feitos, sem sucesso algum. Me deixei ser levado por tamanho encanto, e sigo flutuando em simples nuances de voz, sussurros inesperados e intrincados escritos.Abriu-se uma roda. Somos o par que dança alegremente entre os mascarados, sentindo na pele do rosto a brisa de lança-perfume que faz parar o tempo, devidamente despidos das máscaras.

Esteban

Momento consumidora

Ai, hoje acordei muitissimo inspirada a gastar! Sorte (ou azar) que estou sem dinheiro UHAEAUESIA. A schutz resolveu tirar o dia pra me matar! Arrancar todos os meus cabelos de vontade de comprar a coleção inteeeeeeeeeeira! kk Simplesmente um arraso! Olha isso:






E eu, como uma super fanática por rasteirinhas ..





Olha que gostosura *-*




Ameei! Estou desejando-as o máximo que posso aiushesasuheias. Tem todas na Strutura, uma loja super desejo, daqui mesmo de Aux. Ai, sinto que cortarei meu dinheiro do lanche pra ter uma dessas AIUEHIUASHEIUS

Entrando no site da Melissa, descobri muitos modelos liiiiindos, e tipo, super compativeis com meu bolso, o que as deixam mais atraentes ainda! *-* ausheiaauhei Então resolvi que toda vez que cobiçar algum modelo de lá, postarei!
Iniciando .. Meu desejo Melissal do dia é:

Harmonic Make a Wish - Power of love

QUE FOFUUUURA *-* e a dourada ..

Annnnnnnnnwww, já quero muito, todas! E adivinhem quanto?? R$ 59,90! Isso mesmo! Adorei *-* tem como pedir pelo site, mas tem aquela parada do frete que acaba não compensando né? É melhor procurar uma lojinha da melissa mas proxima mesmo, e agarrar com muita força a sua! É edição limitada! *-* Espero nao perder essa! auehiha ficadica pra quem quiser me dar presente viu? atoron UAHSUIEHIAUHEIAU

:*


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Maturidade

"A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade. Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade. Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo. Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. A santidade começa na autenticidade. Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si. Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança. O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito. Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado. Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz. O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz!"

Padre Fábio de Melo


;*

sábado, 22 de outubro de 2011




Há tempos eu esperava. Não sabia o que ia vir, mas esperava, tinha fé. Podia aparecer o pior ser humano, mas Deus, eu rezo tanto, eu prezo tanto! E, por dó, pena, ou até mesmo gentileza não sei, não pretendo muito entender, as forças do bem me trouxeram você. Ás vezes dócil, as vezes rude, as vezes enjoado, e também a melhor pessoa do mundo. O coração veio de um tamanho maior que pedi, erro de fábrica, mas não vale a pena mandar pra garantia, sempre demora muito tempo pra voltar, e convenhamos que dá pra viver com isso. A cabeça veio um poquinho menor, mas tão aberta, que é bastante necessário ficar sempre de olho, pra não deixar nada de lá cair. E chegou na hora certa, extremamente pontual, pois se tivesse passado antes, eu poderia não estar lá na hora, e se passasse um pouco mais tarde eu poderia não ver, tão distraída que sou! Agradeço muito, por tudo que passou, que está passando, e por tudo que ainda há de vir. Obrigado por estar aqui e querer permanecer. Te entrego a todo dia que passa o carinho mais bonito que tenho em mim, e sua retribuição me derrete toda! Que esses 10/6 mêses sejam apenas a introdução de uma história que eu pretendo me perder entre as linhas tortas, e me achar nos pontos sem finais.

Te amo!


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Achado!

Sábado é aquele dia clássico da faxina! Principalmente pra mim, é o dia que mais me sobra tempo pra arrumar minhas coisas e principalmente fuçar nas antiguidades que guardo. Gosto tanto de guardar tudo .. qualquer papelzinho, adesivo, ursinho, chaveiros .. adoro! Mas chega um momento que é preciso se desfazer das coisas mais antigas, dando lugar as novas coisas velhas, entende? Aí meu coração se parte! Tenho uma tremeeeenda dó de jogar coisas fora! Kk É um péssimo habito, porem comecei hoje a remediá-lo. Futriquei tudo que tinha .. achei taaaaaanta coisa! Algumas das mais marcantes foram: Uma agenda da 6° série, com o telefone dos meus amiguinhos e um asterisco no nome dos mais próximos kk, um bilhete que recebi de uma professora com um poeminha mt fofo do 3° ano, um penduricalho que eu tirei de uma bolsa minha pq fazia mt barulho asuheiusah, uma coleção de cartões telefônicos (com todos das meninas super poderosas *-* ausheiusa), um gravador e suas mini fitas (nem sei pq eu tinha isso kk), entre outras coisinhas. Revirando ainda mais, encontrei algo que achei que já não tivesse a muitíssississsisiiiisssimo tempo! O TROMBINHA! *-------------*

O melhor ursinho que já tive, o mais fofo, mais amável e com a cara mais lerda de todos os ursinhos que podem existir asuehaisuehsaiu. Lembro até hoje do dia que ganhei o trombinha da minha mãe, ela comprou em uma galeria aqui em Arn mesmo. Adorava demaais ele, pq ele não era só um ursinho comum, era uma mochila tb *-* asuheuiashei E tipo, ele é um elefante! Ngm tinha uma mochila de elefante, e acho que nem pretendiam comprar kkk só eu msm! Me sentia a super moderna! Kkk adorava ir pra escola com ele, sempre cabia tudo! Mas logo fui crescendo, e o trombinha foi ficando de lado, tive que abandoná-lo .. precisava de mais espaço, a minha caxinha de lápis de cor cresceu, assim como eu tb! Kk Era o meu favorito! E ao vê-lo novamente, todo aquele sentimento me veio a tona.. Nostalgia total!

Só uma observação pra você trombinha, não pense que te abandonei pela modinha das mochilas de cachorrinhos rosas .. elas nunca me agradaram viu?!? .. Saudades!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tempos depois ..

Hoje, resolvi escrever de novo, como sempre faço, e acho que farei sempre. Mas enfim, nao vou ficar me explicando demais ..
Comecei a malhar hoje! kk Engraçado! Eu, que desde que me entendo por gente (gente tipo, gente mesmo sabe?) digo que vou entrar na academia, vou levar a sério, e deixar de ser sedentária, acabar com as celulites. Pois é, comecei!
Vamos ver os proximos capítulos!

Sinto falta de escrever.. antes escrevia tanto. Realmente muita coisa mudou nesse ano .. conheci uma das pessoas mais importantes da historia da minha vida, pois mesmo se um dia quiser ir embora (nunca, pq sou irresistível) vai ficar marcado por n motivos, incontáveis eu diria.. mas isso fica pra uma outra postagem!
É isso .. espero voltar logo ;*

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tanta coisa passa pela minha cabeça quando escuto "dois mil e onze" ... tantas dúvidas, curiosidades, vontades, mas principalmente desejos. Mais rica, mais gorda, mais cabelo, mais gratidão, mais importancia, menos unhas quebradas e mais amor. Muito mais amor! Preciso conhecer, me perder e me achar, mergulhar e me afogar, e não venha com salva-vidas, ou salva-corações-partidos como se diz por aí. Quero criar resistencia e aprender a nadar. E não se engane, pois nada vai me afetar se eu morrer na praia. Quero aprender a me conhecer, a me satisfazer e a me protejer, de não sei o que, e nem sei aonde. Mais pretendo que meu dois mil e onze seja cheio de vilões, e de árvores, coelhos pulando e uma torre ( só pra dar um charme a mais ). Quero um ano charmoso, carinhoso, cremoso, melado. Com cheiro de caderno novo, unha ruída, caneta estourada e esmalte cintilante, cheio de brilho, que também quero nesse ano. Muito brilho, sucesso, pra mim e pra quem me desejar. E que seja diferente de tudo que já presenciei. Algo novo, inesperado .. Me surpreenda dois mil e onze! Intensamente, vai ser a palavra do ano. Já deu pra sentir, né? ( E cruzo os dedos para que a nostalgia de maio e a preguiça de setembro nao me tirem o foco ).
E que venha devagar, e se vá devagar também. Quero sentir saudades e um desejo incontrolável de me segurar no onze e não deixar o doze entrar!JS.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

+

E há quem duvide da nossa insanidade, da nossa intimidade pouco regada pela distancia, mas sempre mantida pela beleza do sentimento que já naturalmente floresce dentro de mim, dentro de você, como uma intensidade jamais vista pelas redondezas do meu coração. Porém também há quem acredite que existe muito mais do que se possa ver, ouvir e sentir quando se referimos a tal. E existe. Existe tanto, que seria grotesco da minha parte tentar descrever, mais mesmo assim eu rabisco folhas atrás da tradução da minha confusão .. talvez não, há controvérsias nessa parte. Nessa e em tantas outras que me afetam diretamente, ou não. Na verdade, eu só gostaria que durasse, muito, o tempo necessario para se tornar o mais verdadeiro e reprimido amor de todos os tempos. O mais incerto e doce, plantado e colhido, inesquecível. E vai ser. Somos acostumados a tirar pedras do caminho dos outros e colocar no nosso, só pra ter a sensação de ter uma dificuldade e ter a mão do outro pra esmagalhar, morder, beijar, sentir e dizer - É minha!, com o maior sorriso no rosto e a convicção de que ali pode-se contar, e fazer gato e sapato, que no final das contas, os olhinhos brilhantes e o rabinho entre as pernas, sempre irão me render …

JS

Depois de tanto tempo ..

Não consigo. Ponto.
Manter relações fixas com um blog ja se tornou um carma sem fim na minha vida! kk
Tentarei ser o mais presente possivel .. tentarei.